A cartelização do Parlamento

Se dúvidas houvesse, perante o chumbo do requerimento apresentado pelo PAN, para que todos os Partidos Políticos portugueses, bem como um conjunto de especialistas, fossem considerados, envolvidos e ouvidos no processo de debate relativo a alterações às leis de Financiamento dos Partidos, fica claro um processo sem transparência, anti-democrático, naquilo que se designa como cartelização.

Com excepção do CDS, todos os partidos com assento na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias votaram contra um requerimento que era claro e promovia a transparência e democracia. Não satisfeitos, a forma como reagiram para com um Deputado, no caso André Silva, é uma ofensa aos mais básicos valores de respeito e da democracia.

Ficou claro, sendo essa a razão do veto do Senhor Presidente da República, que o primeiro processo não foi transparente, sendo desenvolvido à porta fechada e com prazos demasiado convenientes e escandalosos. Com este chumbo do requerimento apresentado pelo PAN, os Partidos demonstram que não entenderam (ou não querem entender) e insistem em estar fechados e distantes dos portugueses.

Para Miguel Ferreira da Silva, Presidente da Iniciativa Liberal «como se não bastasse os partidos estarem fechados a decidir em causa própria, num claro conflito de interesses, fica provado que funcionam em cartel, algo inaceitável numa sociedade livre e democrática. Os Partidos que criaram o sistema, fazem tudo para o manter fechado, colocando em causa a liberdade política.».

A Iniciativa Liberal agradece ao PAN pela defesa da Democracia, apelando ao Senhor Presidente da República para que, mesmo limitado nos seus poderes administrativos, não deixe de defender a Transparência, Democracia e Liberdade.

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