Centralismo: a doença crónica do sistema partidário português

1/ Numa altura em que se multiplicam os cortes na ferrovia, o governo destinou 70% dos fundos do novo programa de apoio à redução tarifária para a A.M. de Lisboa. Para além disso, o valor do apoio por passageiro será em Lisboa perto do dobro do Porto e o triplo do resto do país.

2/Enquanto subsidia a mobilidade dos habitantes da região mais rica do país,o Estado português continua a castigar fiscalmente a mobilidade possível fora dos grandes centros urbanos através de um dos níveis de impostos sobre os combustíveis mais elevados de toda a União Europeia.

3/ O primeiro-ministro António Costa continua a comportar-se como se ainda fosse presidente da Câmara Municipal de Lisboa ou da Área Metropolitana de Lisboa, perante o silêncio cúmplice de todos os outros partidos.

4/ O Partido Iniciativa Liberal defende a diminuição substancial do imposto sobre os combustíveis de forma a reduzir os custos de mobilidade fora dos grandes centros urbanos. Defende também que a política de mobilidade e transportes públicos deve estar a cargo das autarquias e financiado por impostos locais (incluindo impostos sobre o uso do automóvel). Isto permitiria equilibrar os custos da mobilidade em diferentes zonas do país, ter uma política de mobilidade adaptada a cada região e acabar com exemplos como este de ter as zonas mais pobres do país a financiar a mobilidade nas zonas mais ricas.

 

 

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