Listas transnacionais: uma melhor Europa

A Iniciativa Liberal vê com profunda preocupação e choque a posição dos partidos “do arco-do-poder” contra a proposta para a criação de um círculo transnacional nas eleições europeias. Miguel Ferreira da Silva, Presidente da IL declarou que “ver partidos como o PS, PSD e CDS, que sempre se afirmaram como pró-europeus, revelarem-se conservadores e alinhados numa verdadeira agenda contra uma democracia mais direta na União Europeia, demonstra um desnorte de valores total que é perigoso”.

Decorre do processo Brexit e consequente saída dos 73 Deputados Britânicos do Parlamento Europeu a oportunidade singular de, através das listas transnacionais, a União Europeia aumentar a sua legitimidade democrática. De um modo claro, com a saída do Reino Unido da União Europeia surgirá um novo 28º circulo eleitoral – o transnacional, que elegerá cerca de 30 eurodeputados. Mais, ao contrário do que sugerido pelo eurodeputado Paulo Rangel do PSD, todos os Estados-Membros da União irão manter ou aumentar (em alguns casos) o seu número de eurodeputados.

Fundamental referir que a Iniciativa Liberal aprovou por unanimidade na sua Convenção Fundadora, em 2017, o apoio político às listas transnacionais para o Parlamento Europeu, afirmando assim a sua visão europeia e de defesa de reformas nas instituições europeias, que aumentem a democracia e promovam mais proximidade entre cidadãos e a Europa.

Esta decisão serviu de base a um conjunto de reuniões que decorreram em Dezembro de 2017 durante o Congresso da Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa – ALDE Party. O Presidente da Iniciativa Liberal Miguel Ferreira da Silva destaca a reunião com Guy Verhofstadt, Presidente dos Liberais no Parlamento Europeu e líder do Parlamento Europeu nas negociações do Brexit: “A Iniciativa Liberal apoia a implementação de listas transnacionais como símbolo da criação de mais proximidade entre Cidadãos e o Projeto Europeu, melhorando a representatividade e a democracia Europeia.”

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