Opinião – Duarte Gouveia – Que futuro queremos?

Para as minhas prioridades, o partido mais adequado é a Iniciativa Liberal, de que sou membro e dirigente. E tu, que futuro queres?

Este ano de 2019 tem três atos eleitorais para recompor três parlamentos: Parlamento Europeu (26/Maio); Assembleia Legislativa da Madeira (22/Setembro) e Assembleia da República (6/Outubro)

Talvez por vício de raciocínio ou preguiça, existe a tendência de achar que os partidos são todos iguais, que as escolhas individuais não têm peso, e que os resultados já estão pré-determinados pelas sondagens.

Pelo contrário, o cenário político é novo, está incerto, com muitas e novas opções de voto, e com múltiplas possibilidades de agrupamentos pós-eleitorais como resultado agregado do voto dos cidadãos. Todos os votos contam, e cada voto pode fazer a diferença. Nas últimas eleições regionais, a maioria absoluta do PSD foi mantida por escassos votos.

Existem atualmente 23 partidos registados e mais 3 em processo de registo. Neste contexto, não podem os cidadãos queixarem-se de falta de escolha. Talvez não seja fácil obter informação dos novos partidos através dos filtros da comunicação social tradicional. Mas através da internet, toda a informação está disponível, para quem quiser escolher com base em informação e raciocínio sobre o futuro que queremos.

Parece longínquo o tempo das maiorias absolutas. No parlamento europeu nunca existiram. No parlamento nacional foram raras. E no parlamento regional, foi uma longa tradição que parece certo estar prestes a terminar.

Em parlamentos em que a escolha do governo depende do suporte parlamentar (o que não acontece na europa), os cenários pós eleitorais são muito interessantes. Muitas vezes os partidos mais pequenos acabam por ser determinantes nas políticas seguidas, porque adquirem um peso significativo, nesses cenários pós-eleitorais. Veja-se o caso do BE e do PCP na Assembleia da República.

Esta na hora de ponderar as opções sobre o futuro que cada um quer para a Europa, para Portugal e para a Madeira.

As minhas prioridades são: mais liberdade política, ou seja, mais possibilidade de intervenção dos cidadãos, mais liberdade nas escolhas no método eleitoral, e nenhuma perseguição ou represálias por causa das escolhas políticas que são uma livre opção individual.

Mais mercado e mais concorrência, em vez de ver os partidos do costume a proteger monopólios (e ser protegidos por eles). Melhor gestão, investindo no que é essencial e urgente, em vez dos desperdícios que vemos constantemente e em tantas áreas.

Apoio social sensato, para que ninguém fique desprotegido, mas ponderado, para que ninguém se acomode e deixe de lutar por uma vida melhor com base no seu esforço, trabalho e competências.

Para as minhas prioridades, o partido mais adequado é a Iniciativa Liberal, de que sou membro e dirigente. E tu, que futuro queres?

JORNAL DA MADEIRA, 22 de Fevereiro de 2019

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