{"id":18216,"date":"2022-01-26T09:40:56","date_gmt":"2022-01-26T09:40:56","guid":{"rendered":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/?post_type=programa2022&p=18216"},"modified":"2022-01-26T09:40:56","modified_gmt":"2022-01-26T09:40:56","slug":"fitofarmaceuticos-da-agilidade-empresarial-a-responsabilidade-ambiental","status":"publish","type":"programa2022","link":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/programa2022\/fitofarmaceuticos-da-agilidade-empresarial-a-responsabilidade-ambiental\/","title":{"rendered":"Fitofarmac\u00eauticos: da agilidade empresarial a responsabilidade ambiental"},"content":{"rendered":"\n
A dota\u00e7\u00e3o da Dire\u00e7\u00e3o Geral de Alimenta\u00e7\u00e3o e Veterin\u00e1ria (DGAV) dever\u00e1 vir de uma melhor gest\u00e3o dos organismos do Estado. \u00c9 preciso n\u00e3o esquecer que nos \u00faltimos anos foram desviados do Minist\u00e9rio da Agricultura para o Minist\u00e9rio do Ambiente, sem que tenha havido um aumento de responsabilidade desta segunda institui\u00e7\u00e3o. \u00c9 de elementar bom senso que se coloque os recursos p\u00fablicos associados \u00e0 gest\u00e3o ambiental no organismo que acompanha e tutela os riscos do sector, poupando em sinergias.Parte dos fundos necess\u00e1rios para fazer as campanhas de recolha dever\u00e3o vir do Fundo Ambiental, que tem como miss\u00e3o apoiar pol\u00edticas ambientais para a prossecu\u00e7\u00e3o dos objetivos do desenvolvimento sustent\u00e1vel, contribuindo para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais relativos aos res\u00edduos. Acreditamos que esse fundo n\u00e3o tem tido a melhor gest\u00e3o, pelo que o acr\u00e9scimo de despesa p\u00fablica estar\u00e1 de alguma forma mitigado.\u00c9 ainda de referir que os eventuais custos acrescidos de gest\u00e3o destes problemas dever\u00e3o ser confrontados com os ganhos de produtividade nos produtos agr\u00edcolas, ou com o menor custo p\u00fablico na aplica\u00e7\u00e3o dos planos de mitiga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o se prev\u00ea nenhuma compensa\u00e7\u00e3o financeira aos agricultores. A expetativa n\u00e3o deve ser financeira, mas sim resolver um problema ambiental que preocupa todos.<\/p>\n\n\n\n
Os produtos em causa ficaram proibidos de sua utiliza\u00e7\u00e3o por uma raz\u00e3o alheia aos agricultores e distribuidores. Alias, \u00e9 poss\u00edvel fazer uma compara\u00e7\u00e3o com a recolha de medicamentos nas farm\u00e1cias.Al\u00e9m disso, o risco \u00e9 demasiado grande. De facto, em muitas situa\u00e7\u00f5es, trata-se de produtos perigosos para o ambiente, quando mal manuseados. \u00c9 de referir ainda que estes produtos geralmente existem em grandes volumes, o que s\u00f3 por si complica muito a sua recolha ou entrega dos produtores. De outra forma: \u00e9 uma opera\u00e7\u00e3o que exige larga escala, e que deve ser conduzida a n\u00edvel nacional de forma a que estes res\u00edduos sejam entregues \u00e0s entidades competentes que consigam tratar convenientemente estes produtos.<\/p>\n\n\n\n
Nos \u00faltimos anos, t\u00eam sido retiradas algumas compet\u00eancias e muitos recursos \u00e0 DGAV. Esta tend\u00eancia come\u00e7ou com a passagem do Instituto da Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza e das Florestas (ICNF) para o Minist\u00e9rio do Ambiente e mais tarde com as compet\u00eancias do bem-estar animal, tamb\u00e9m para o mesmo minist\u00e9rio. O resultado acabou por ser uma duplica\u00e7\u00e3o de estruturas do Estado, um desfoque na produ\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel e uma transfer\u00eancia de recursos financeiros do Minist\u00e9rio da Agricultura em geral, e da DGAV em particular, para o Minist\u00e9rio do Ambiente.Note-se que em Agosto de 2020 a Iniciativa Liberal questionou a Ministra da tutela sobre o desmantelamento do principal organismo do Estado respons\u00e1vel por termos uma alimenta\u00e7\u00e3o segura em Portugal. N\u00e3o obtivemos uma resposta cabal.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o estamos a propor um aumento de utiliza\u00e7\u00e3o de produtos qu\u00edmicos. Queremos uma utiliza\u00e7\u00e3o respons\u00e1vel dos produtos fitofarmac\u00eauticos. Tal traduz-se no aumento de op\u00e7\u00f5es ao dispor dos agricultores e de um uso cir\u00fargico e adequado aos desafios de produ\u00e7\u00e3o do sector prim\u00e1rio, reduzindo custos e a resist\u00eancia aos agentes que causam doen\u00e7as, pragas ou infestantes.<\/p>\n\n\n\n
Com a proibi\u00e7\u00e3o do dimetoato (pesticida\/inseticida) na cultura do olival, a praga da Cochonilha-algod\u00e3o ficou sem solu\u00e7\u00e3o eficaz para o seu combate.<\/p>\n\n\n\n
Bulg\u00e1ria, Gr\u00e9cia, Espanha, Fran\u00e7a, It\u00e1lia, Chipre, Cro\u00e1cia e Malta.\u00c9 de salientar que Espanha que tem v\u00e1rias solu\u00e7\u00f5es fungicidas e inseticidas autorizadas para a cultura da am\u00eandoa e que n\u00e3o est\u00e3o dispon\u00edveis em Portugal. Al\u00e9m disso, nem sempre a quest\u00e3o passa por produtos que n\u00e3o existem em Portugal. H\u00e1 produtos fitofarmac\u00eauticos que est\u00e3o registados para uma cultura e n\u00e3o est\u00e3o para outra. Por exemplo, o \u00f3leo de ver\u00e3o + enxofre (marca comercial Polithiol) est\u00e1 registado em Portugal, mas n\u00e3o pode ser usado na cultura da am\u00eandoa. Note-se que a cultura da am\u00eandoa come\u00e7ou a ter uma dimens\u00e3o importante no nosso Pa\u00eds e v\u00ea assim a sua competitividade afetada, j\u00e1 que em Espanha n\u00e3o h\u00e1 restri\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Sim, s\u00e3o fundamentais para se conseguir produzir alimentos. Mesmo na agricultura em modo de produ\u00e7\u00e3o biol\u00f3gico s\u00e3o usados fitof\u00e1rmacos como o cobre, enxofre, spinosade, entre outros.Com o aumento da popula\u00e7\u00e3o mundial e com a diminui\u00e7\u00e3o gradual da \u00e1rea agr\u00edcola \u00fatil mundial, com a necessidade de fixar carbono e de promo\u00e7\u00e3o da floresta, est\u00e1-se a caminhar para uma realidade em que precisamos de produzir cada vez mais alimentos por hectare \u2013 ou seja, para que haja maior produtividade. H\u00e1 ainda que considerar a exig\u00eancia na UE para que a \u00e1rea dedicada \u00e0 agricultura biol\u00f3gica aumente, o que por ter menor produtividade m\u00e9dia, obriga a que a produ\u00e7\u00e3o que n\u00e3o seja em Modo de produ\u00e7\u00e3o biol\u00f3gico seja ainda mais produtiva.Resumindo: as produtividades na agricultura ter\u00e3o for\u00e7osamente de aumentar para evitarmos situa\u00e7\u00f5es de escassez de alimentos na UE.Em todas as culturas, os produtos fitof\u00e1rmacos, se usados de uma forma profissional, respons\u00e1vel e segundo as regras, s\u00e3o chaves para o sucesso. Estes produtos s\u00e3o incontorn\u00e1veis e um custo importante nas contas da cultura, por essa raz\u00e3o a import\u00e2ncia de haver mais solu\u00e7\u00f5es autorizadas no mercado.<\/p>\n\n\n\n
Os produtos fitof\u00e1rmacos podem ter efeitos adversos para o Homem, direta e indiretamente, da\u00ed o seu processo de registo ser t\u00e3o demorado. S\u00e3o necess\u00e1rios ensaios e trabalhos ao n\u00edvel do seu impacto nas culturas, nos aplicadores desses produtos, no ambiente e claro, no consumidor desses alimentos. S\u00e3o estudos muito demorados e dispendiosos. Atualmente na UE, qualquer Estado-Membro, desde que pertencente \u00e0 mesma zona, pode aproveitar os estudos de outro Estado-Membro e ganhar muito tempo para o registo no seu pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n
A Uni\u00e3o Europeia \u00e9 atualmente a regi\u00e3o do Mundo mais exigente no que diz respeito a estes produtos j\u00e1 que noutras zonas do Mundo com a Am\u00e9rica Latina, \u00c1sia, \u00c1frica e mesmo nos EUA ainda s\u00e3o autorizados produtos que na Europa j\u00e1 foram proibidos.Por\u00e9m, isso n\u00e3o impede que a UE importe alimentos dessas zonas, alimentos esses que em grande parte foram produzidos com recurso a mat\u00e9rias ativas proibidas na UE. A necessidade de encontrar solu\u00e7\u00f5es ambientalmente respons\u00e1veis e produtivas s\u00e3o essenciais para que a Europa em geral e Portugal consigam competir. A aprova\u00e7\u00e3o c\u00e9lere dos novos produtos e a gest\u00e3o dos produtos obsoletos \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o essencial para o sucesso e competitividade do modelo europeu de produ\u00e7\u00e3o.Al\u00e9m disso repare-se que se n\u00e3o aprovarmos esses produtos, aumentamos a depend\u00eancia da Europa por \u00e1reas e sistemas de produ\u00e7\u00e3o menos amigas do ambiente.<\/p>\n","protected":false},"menu_order":1,"template":"","topic_programme":[188],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18216"}],"collection":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022"}],"about":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/programa2022"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18216\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":18643,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18216\/revisions\/18643"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=18216"}],"wp:term":[{"taxonomy":"topic_programme","embeddable":true,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/topic_programme?post=18216"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}