Um sistema uninominal simples levaria \u00e0 subrepresenta\u00e7\u00e3o dos pequenos partidos, fazendo com que os votos nas pequenas forcas partid\u00e1rias fossem inconsequentes, num processo que se autoalimentaria, prejudicando a diversidade de pontos de vista e a inova\u00e7\u00e3o dentro do sistema partid\u00e1rio;<\/li><\/ol>\n\n\n\nQUEST\u00d5ES FREQUENTES<\/h2>\n\n\n\nEste sistema exige a mudan\u00e7a da Constitui\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica Portuguesa?<\/h3>\n\n\n\n
A introdu\u00e7\u00e3o de um sistema com aqui proposto exigiria a altera\u00e7\u00e3o da Constitui\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica Portuguesa e poderia ser enquadrada numa revis\u00e3o constitucional mais alargada.<\/p>\n\n\n\n
Como \u00e9 que este sistema contribui para o combate \u00e0 absten\u00e7\u00e3o?<\/h3>\n\n\n\n
A absten\u00e7\u00e3o tem v\u00e1rias causas. Um dos motivos frequentemente dados \u00e9 que o voto n\u00e3o conta, porque a pol\u00edtica muda pouco mesmo que haja altern\u00e2ncia. O sistema atual garante \u201cfavas contadas\u201d aos partidos do arco da governa\u00e7\u00e3o, e de nada serve ao eleitor votar diferentemente, especialmente em c\u00edrculos com menos popula\u00e7\u00e3o. O sistema proposto garante que todos os votos contam, e que \u00e9 poss\u00edvel levar vozes diferentes ao Parlamento.<\/p>\n\n\n\n
Este sistema n\u00e3o abrir\u00e1 a porta do Parlamento a pequenos partidos extremistas ou monotem\u00e1ticos?<\/h3>\n\n\n\n
Este sistema permite a representa\u00e7\u00e3o, na Assembleia da Rep\u00fablica, dos partidos que t\u00eam suficiente aceita\u00e7\u00e3o a n\u00edvel nacional, e que alcan\u00e7am correspondente vota\u00e7\u00e3o. \u00c9 poss\u00edvel que alguns desses partidos sejam radicais. Em democracia as m\u00e1s ideias devem-se combater com boas ideias, nunca cortando pela raiz a possibilidade de novos partidos poderem desafiar o sistema partid\u00e1rio existente.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o ir\u00e3o os deputados eleitos por c\u00edrculos uninominais focar-se excessivamente nos assuntos locais, esquecendo o interesse nacional?<\/h3>\n\n\n\n
Na Assembleia da Rep\u00fablica, trata-se sobretudo de temas de \u00e2mbito nacional, onde deve vigorar sobretudo o interesse nacional. Este sistema permite que o interesse nacional em abstrato n\u00e3o atropele interesses locais concretos, os quais ter\u00e3o os seus representantes no plen\u00e1rio, e o desenvolvimento de solu\u00e7\u00f5es que n\u00e3o dependam de apoios isolados.<\/p>\n\n\n\n
O que impede os candidatos dos c\u00edrculos uninominais de continuarem a ser selecionados pelos diret\u00f3rios partid\u00e1rios?<\/h3>\n\n\n\n
Cada partido ter\u00e1 o seu sistema de forma\u00e7\u00e3o de lista e nomea\u00e7\u00e3o de candidatos aos c\u00edrculos, e na pr\u00e1tica ser\u00e3o os partidos a escolher os candidatos. Contudo, neste sistema os pequenos partidos procurar\u00e3o sobretudo vota\u00e7\u00e3o nacional e uma ou outra surpresa em c\u00edrculos uninominais, e os seus eleitores estar\u00e3o mais preocupados em eleger os protagonistas nacionais, mais do que figuras locais; os grandes partidos saber\u00e3o que t\u00eam muito a perder se nomearem meros funcion\u00e1rios para c\u00edrculos onde concorram candidatos fortes de outros partidos, ou independentes de renome. Tal como no mercado, a concorr\u00eancia funcionar\u00e1.<\/p>\n\n\n\n
O sistema atual n\u00e3o garante maior governabilidade?<\/h3>\n\n\n\n
A governabilidade \u00e9 importante, mas \u00e9 mais importante que cada voto valha o mesmo. \u00c9 poss\u00edvel que os governos em Portugal deixem de ser t\u00e3o monopartid\u00e1rios, ou que o governo tenha de assegurar apoios parlamentares mais complexos. S\u00f3 em Portugal os partidos do poder dizem que isto \u00e9 um drama. No estrangeiro nada disto \u00e9 dram\u00e1tico, m\u00faltiplos pa\u00edses europeus t\u00eam sucessivos governos multipartid\u00e1rios. \u00c9 assim que deve funcionar a democracia.<\/p>\n","protected":false},"menu_order":1,"template":"","topic_programme":[191],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18236"}],"collection":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022"}],"about":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/programa2022"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18236\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":18753,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18236\/revisions\/18753"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=18236"}],"wp:term":[{"taxonomy":"topic_programme","embeddable":true,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/topic_programme?post=18236"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}