{"id":18309,"date":"2022-01-26T13:08:21","date_gmt":"2022-01-26T13:08:21","guid":{"rendered":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/?post_type=programa2022&p=18309"},"modified":"2022-01-26T13:08:21","modified_gmt":"2022-01-26T13:08:21","slug":"descentralizacao-e-independencia-das-grandes-instituicoes-culturais","status":"publish","type":"programa2022","link":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/programa2022\/descentralizacao-e-independencia-das-grandes-instituicoes-culturais\/","title":{"rendered":"Descentraliza\u00e7\u00e3o e Independ\u00eancia das grandes institui\u00e7\u00f5es culturais"},"content":{"rendered":"\n
N\u00e3o. Trata-se de conceder \u00e0 entidade p\u00fablica que venha a tutelar o Patrim\u00f3nio Cultural, que tem for\u00e7osamente de existir, a autonomia administrativa e financeira que, por sua vez, permita a gest\u00e3o aut\u00f3noma dos Museus e Monumentos. A Dire\u00e7\u00e3o Geral do Patrim\u00f3nio Cultural n\u00e3o o pode fazer por n\u00e3o poder ter autonomia, como j\u00e1 foi reconhecido por todas as partes envolvidas (Minist\u00e9rio e Conselho Superior de Museus inclu\u00eddos).<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o. Na pr\u00e1tica, o modelo representa uma maior descentraliza\u00e7\u00e3o. As Dire\u00e7\u00f5es Regionais de Cultura (DRC) n\u00e3o t\u00eam poder decis\u00f3rio em nenhuma \u00e1rea significativa, submetendo os seus pareceres e projetos de decis\u00e3o \u00e0 DGPC. Os novos Gabinetes de Prote\u00e7\u00e3o e Salvaguarda das regi\u00f5es-plano ter\u00e3o maior capacidade de articula\u00e7\u00e3o com o INPC e um poder decis\u00f3rio acrescido, gra\u00e7as \u00e0 implementa\u00e7\u00e3o de amplos poderes delegados devidamente estabelecidos na lei.<\/p>\n\n\n\n
De maneira nenhuma. O maior inimigo do Patrim\u00f3nio Cultural \u00e9 o desconhecimento dos valores patrimoniais a preservar e a desorganiza\u00e7\u00e3o nas inst\u00e2ncias decis\u00f3rias, n\u00e3o as institui\u00e7\u00f5es descentralizadas, que s\u00e3o mais eficazes na sua defesa, nomeadamente gra\u00e7as \u00e0 sua capacidade de interven\u00e7\u00e3o local.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o, pelo contr\u00e1rio. O compromisso estatal de suporte das principais institui\u00e7\u00f5es manter-se-\u00e1, mas ao se conceder \u00e0s v\u00e1rias institui\u00e7\u00f5es uma capacidade acrescida e aut\u00f3noma para decidirem da aplica\u00e7\u00e3o das receitas que geram e ainda para procurarem sinergias na economia e na sociedade civil envolvente com vista a criar mais-valias. O Instituto dependeria diretamente do Minist\u00e9rio da Cultura (Secretaria de Estado), de modo a evitar uma cadeia burocr\u00e1tica e decis\u00f3ria que s\u00f3 atrasa os processos de licenciamento de obra, de classifica\u00e7\u00e3o patrimonial, da sua prote\u00e7\u00e3o e salvaguarda, bem como trabalharia em articula\u00e7\u00e3o com as C\u00e2maras Municipais que, no terreno, melhor conhecem as sensibilidades e necessidades locais. H\u00e1 no conjunto de propostas da Iniciativa Liberal altera\u00e7\u00e3o e potencia\u00e7\u00e3o do sistema de financiamento.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o faltam exemplos:<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o. Tal como aconteceu com a lei que estabeleceu o regime jur\u00eddico das institui\u00e7\u00f5es de ensino superior, tamb\u00e9m esta, na sua letra e no seu esp\u00edrito, afastar\u00e1 esse cen\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n
Apenas as aquisi\u00e7\u00f5es podem ser feitas autonomamente. Todas as eventuais aliena\u00e7\u00f5es estar\u00e3o sujeitas a autoriza\u00e7\u00e3o pr\u00e9via do Governo, depois de ouvidas outras entidades consideradas relevantes (C\u00e2maras municipais p. ex.)<\/p>\n\n\n\n
As obras de arte continuam a ser patrim\u00f3nio do Estado e ser\u00e3o cedidas em dep\u00f3sito \u00e0s respetivas Funda\u00e7\u00f5es. Em rela\u00e7\u00e3o aos edif\u00edcios, estes continuar\u00e3o a ser propriedade do Estado, ficando as Funda\u00e7\u00f5es com a titularidade do direito de superf\u00edcie.<\/p>\n\n\n\n
As Funda\u00e7\u00f5es p\u00fablicas com regime de direito privado em Portugal s\u00e3o, essencialmente, as Universidades-funda\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Temos, no entanto, exemplos na \u00e1rea da cultura que podem ser evocados: o Centro Cultural de Bel\u00e9m \u00e9 uma Funda\u00e7\u00e3o que, na sua constitui\u00e7\u00e3o em 1999, ficou com o direito de superf\u00edcie sobre os terrenos e sobre o im\u00f3vel inaugurado em 1993; a Funda\u00e7\u00e3o de Serralves alberga em dep\u00f3sito obras do acervo de arte moderna que s\u00e3o propriedade do Estado; a Funda\u00e7\u00e3o Casa da M\u00fasica, criada em 2006, ficou titular do direito de superf\u00edcie sobre o edif\u00edcio e os equipamentos inaugurados em 2005. O modelo da empresa Parques de Sintra \/ Monte da Lua \u00e9, a este t\u00edtulo, tamb\u00e9m um exemplo muito significativo.<\/p>\n\n\n\n
O modelo de gest\u00e3o aut\u00f3nomo dos grandes museus e institui\u00e7\u00f5es culturais, caracterizado por uma rela\u00e7\u00e3o mais flex\u00edvel com a tutela estatal, \u00e9 hoje a pr\u00e1tica generalizada em toda a Europa<\/p>\n\n\n\n
No Reino Unido, por exemplo, importantes institui\u00e7\u00f5es como a British Library, o British Museum ou a National Gallery est\u00e3o classificadas como \u201cNon-departmental public body\u201d, ou seja, gozam de uma grande independ\u00eancia em rela\u00e7\u00e3o ao Governo.<\/p>\n\n\n\n
J\u00e1 na Alemanha \u00e9 uma grande Funda\u00e7\u00e3o, financiada pelo Governo Federal e pelos Estados, que trata da gest\u00e3o de quase 30 institui\u00e7\u00f5es, incluindo alguns dos mais importantes museus, bibliotecas e arquivos do pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o. O que estamos a propor \u00e9 uma convers\u00e3o, ou uma transforma\u00e7\u00e3o, das entidades existentes, jamais a cria\u00e7\u00e3o de novas entidades p\u00fablicas. Propomos potenciar o emprego no sector, tantas vezes desperdi\u00e7ado com a sa\u00edda para o estrangeiro de jovens portugueses.<\/p>\n","protected":false},"menu_order":1,"template":"","topic_programme":[199],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18309"}],"collection":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022"}],"about":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/programa2022"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18309\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":18717,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/programa2022\/18309\/revisions\/18717"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=18309"}],"wp:term":[{"taxonomy":"topic_programme","embeddable":true,"href":"https:\/\/iniciativaliberal.pt\/wp-json\/wp\/v2\/topic_programme?post=18309"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}